11 perguntas e respostas sobre o Bitcoin
Bitcoin é uma rede e uma moeda digital responsável por uma nova forma de pagamento no mundo. Confira 11 perguntas e respostas sobre a criptomoeda que está mudando o mundo.
O Bitcoin é seguro?
Os defensores do Bitcoin argumentam que nenhuma organização ou indivíduo pode controlá-lo e a rede permanece segura, mesmo que nem todos os seus usuários sejam confiáveis. A rede do Bitcoin segue operando desde 2008 sem nenhuma interrupção ou queda desde então.
No entanto, é importante se atentar para atividades maliciosas como roubo de chaves pessoais (as chaves de doze palavras que dão acesso à carteira) de qualquer usuário ou ataques contra as exchanges. Ao longo dos anos dezenas de exchanges tiveram suas plataformas invadidas e fundos roubados.
Atualmente há quadrilhas de hackers que projetam programas para empreender esse tipo de roubo. Os analistas da Kaspersky divulgaram a identificação do Trojan CryptoShuffler, por exemplo, projetado para alterar os endereços das carteiras de criptomoedas dos usuários na área de transferência do dispositivo infectado. Como as operações realizadas não podem ser canceladas e são anônimas, qualquer furto de dados não tem solução.
As brechas de segurança passam pelas pontas e não pelo código e pela rede do Bitcoin. Não há força computacional disponível na Terra com capacidade para hackear a rede do Bitcoin. A rede do Bitcoin em 2019 era de 80.75 PetaFlops o que colocaria a rede do Bitcoin entre os 500 maiores supercomputadores do mundo, caso se tratasse de uma única máquina no mundo. Segundo Bitcoincharts o poder computacional da rede do Bitcoin equivale a 80 Petaflops atualmente, enquanto todos os supercomputadores somados representam a ordem de 2.43 exaflops. Um ExaFlop é equivalente a 1000 PetaFlops.
Portanto, é literalmente impossível do ponto de vista da computação hackear a rede do Bitcoin.
Como minerar Bitcoin?
Bitcoin é uma criptomoeda criada e distribuída por redes peer, comumente conhecidas como P2P (peer to peer). Essas redes permitem a troca direta de informações sem a necessidade de servidores fixos. O processo de geração do BTC é feito por meio da mineração de criptomoedas. Consiste em resolver problemas matemáticos altamente difíceis graças aos processadores de computador.
A pessoa que resolve um problema recebe em troca uma recompensa em BTC. Incentivo que faz com que mais pessoas participem desse processo. Cada participante se conecta através do sistema P2P e valida cada movimento no sistema. Portanto, quanto mais participantes houver, mais seguro será o processo. Por outro lado, conforme os problemas são resolvidos, sua dificuldade aumenta. Desta forma, a velocidade de geração do BTC é controlada.
O Bitcoin, como já explicamos, não é regulamentado por nenhum órgão, mas é programado de forma que a taxa de geração seja reduzida em 50% a cada 4 anos até atingir 21 milhões de BTC em circulação.
Para se ter uma ideia, em 25 de janeiro de 2021, o total de Bitcoin em circulação era de 18.844.750. Em 2014, eram pouco mais de 12 milhões de Bitcoins. A cada 10 minutos, ele aumenta, mas cada vez em um ritmo mais lento.
Ainda vale a pena investir em Bitcoin?
Como dito acima, no ano de 2020 o Bitcoin foi considerado o melhor investimento superando com folga todos os grandes índices financeiros e ativos tradicionais.
A queda nas taxas de juros básicos no Brasil levou os investidores a buscarem outras alternativas mais rentáveis para suas aplicações. Os investimentos em ativos de risco se tornaram a vedete da vez e os números positivos da Bovespa, tem confirmado isso. Recordes seguidos nos últimos meses mostram que os investidores estão aplicando suas fichas em ações de empresas de tecnologia buscando retornos mais agressivos.
A Selic caiu dos 14,5% por ano para 2,25% ao ano. Trata-se do menor patamar da história e a consequência é que boa parte dos investimentos conservadores deve ter um retorno real, descontando a inflação — zero ou negativo. Enquanto o Bitcoin apresentou valorização superior à 300%.
Como investir em Bitcoin?
Como qualquer investimento de risco, não é possível aconselhar ninguém a investir em Bitcoins. Mas os retornos acumulados no último ano fazem dele o ativo com maior valorização da história. Em 2020 o Bitcoin acumulou valorização de quase 300% no mercado brasileiro, devido a desvalorização do real perante o dólar.
O preço do Bitcoin teve uma valorização diferenciada no Brasil, devido a desvalorização do real perante o dólar, que impulsionou a cotação da criptomoeda no mercado nacional. O desempenho do Bitcoin no Brasil foi quase que o dobro do aumento registrado em dólares, no mesmo período.
Atualmente há dois caminhos naturais para se investir em Bitcoin: exchanges, na mão de negociadores P2P, OTC (mercado de balcão para grandes quantidades) ou fundos de investimentos. No Brasil há cerca de 30 exchanges e cada uma opera com a mesma dinâmica – envia-se real via contas bancárias e realiza-se a conversão de real para criptomoeda -, via P2P a dinâmica é parecida, mas a operação é comprador/vendedor diretamente.
Via OTC há necessidade de compliance e cuidados extras, devido a quantidade de dinheiro envolvido. Via os fundos de investimento, o investidor não compra diretamente o ativo e sim cotas de um fundo com exposição às criptomoedas.
Como comprar Bitcoin?
Os bitcoins são comprados em agências de câmbio na internet, conhecidas popularmente como exchanges, entre elas Coinbase, nos EUA, ou Mercado Bitcoin no Brasil. Aqui você pode encontrar uma lista de exemplos desses intermediários. O processo requer:
A. Abra uma conta em exchange.
B. Deposite dinheiro na conta recém-aberta (por exemplo, por transferência bancária, cartão de crédito ou PayPal).
C. Compre a moeda escolhida (por exemplo, Bitcoins, Ethereum, Ripple, Litecoin, Bitcoin Cash ou Dash).
D. Venda as moedas quando quiser.
E. Credite o saldo em uma conta privada.
O Cointelegraph fez uma lista com as melhores exchanges para comprar Bitcoin e criptomoedas no Brasil.
As exchanges desempenham um papel muito importante para adoção e negociação do Bitcoin, e não somente deste, mas de todas as criptomoedas que surgiram seguindo o rastro do Bitcoin. Valor do Bitcoin
As exchanges também possuem função de validadores da cotação do Bitcoin, apresentando em tempo real o valor do Bitcoin hoje. O preço do Bitcoin varia durante todo o dia e a melhor forma para um iniciante no mercado de criptomoedas acompanhar a trajetória diária do Bitcoin, ou do Ethereum, por exemplo, é acompanhando os gráficos das cotações do Bitcoin, ou de qualquer outra criptomoeda que se esteja investindo. Acompanhar as notícias sobre o Bitcoin e sobre o setor, também é de suma importância.
Ao converter Bitcoin em real, é importante que se tenha em mente que exchange não é carteira, qualquer operação de conversão, compra ou venda, deve ser seguida da retirada dos fundos das carteiras das exchanges. De preferência os fundos devem ser enviados para carteiras próprias, na qual se tenha acesso a sua própria chave secreta de 12 palavras. Os Bitcoin são armazenados nas carteiras de criptomoedas.
Os tipos mais comuns de carteiras são as baseadas em software, tais como: Electrum, Exodus, ou TrustWallet. Há as hardwallets também conhecidas como coldwallets, pois não possuem acesso à internet, ao contrário das softwallets citadas acima. Das hardwallets as mais comuns são: Ledger, Trezor e KeepKey.
Quais as vantagens do Bitcoin?
As vantagens do Bitcoin dependem do seu uso, função ou até localidade.
Em países em desenvolvimento, em crise financeira e problemas inflacionários, o Bitcoin pode funcionar como uma alternativa às moedas fiduciárias e um ouro digital. Por isso, locais como
Para investidores de nações desenvolvidas, o BTC pode funcionar como um ativo não correlacionado às empresas públicas, com capacidade de aumentar a rentabilidade geral de um portóflio ao mesmo tempo que diminui seu risco.
Apesar dessa amplitude, há vantagens comuns aos mais amplos usos, tais como:
Não é possível censurar: Ninguém pode banir ou censurar transações que foram validadas.
-
É de código aberto: o código-fonte usado deve estar sempre acessível a todos.
-
Acesso a todos: Todos podem fazer transações em bitcoins sem a necessidade de uma licença. Ninguém pode impedir a participação na rede.
-
Utilização de pseudônimos: A identidade real de seu dono não se reflete e não é necessário se identificar para participar da rede bitcoin, embora ao contrário de uma rede anônima, permite-se a possibilidade de gerar reputação e confiança entre os diferentes usuários.
-
É maleável: todas as unidades são intercambiáveis.
-
Os pagamentos são irreversíveis: as transações que foram confirmadas não podem ser modificadas ou excluídas.
Quanto vale um Bitcoin?
O valor do Bitcoin depende da relação entre a oferta e a demanda do ativo.
Um Bitcoin sempre valerá um Bitcoin e sua relação cambial com as demais moedas fiats é uma aproximação do valor que os investidores estão dispostos a pagar para adquirir o token.
Interessante destacar a diferença entre o preço e o valor de uma criptomoeda como o Bitcoin. O preço é resumido pela relação entre os compradores e vendedores. Enquanto que o valor é a expressão do potência mercado que ele pode atingir devido às suas funções: descentralização, natureza deflacionária, resistência a censura e reserva de valor.
A evolução e transformação da narrativa sobre o que é, pra que serve o Bitcoin vai definindo a percepção do seu valor que é expresso no seu preço.
O valor do Bitcoin pode ser encontrado em nosso índice de preço Bitcoin.
O que é a Blockchain?
A blockchain é uma peça fundamental para o funcionamento do Bitcoin, pois para falsificar uma transação não bastaria trocar um ou mais computadores.
Os mineradores de Bitcoins processam transações e protegem a rede usando ‘hardware’ especializado e coletam Bitcoins em troca deste serviço. Os bitcoins são criados a uma taxa previsível e decrescente.
O número de bitcoins criados a cada ano é automaticamente reduzido à metade ao longo do tempo até que a emissão de bitcoins seja completamente interrompida em 21 milhões de bitcoins, esse processo de redução do suprimento é conhecido como Halving, tendo seu último evento acontecido em maio de 2020. Essa concepção tende a aumentar o preço do Bitcoin.
Conforme a demanda aumenta, o preço tende a subir, devido à escassez do fornecimento e mineração possui função primordial sobre a saúde da rede do Bitcoin e na regulação do seu preço.
Os mineradores mantêm a rede do Bitcoin segura, verificando todas as transações e adicionam elas na blockchain. Como o poder de hash é compartilhado e distribuído por diferentes mineradores, as transações permanecem imutáveis. Isso significa que quanto mais mineradores validarem transações, mais segura será a rede Bitcoin.
A blockchain é um registro público e descentralizado que é autenticado por milhares de computadores que guardar uma cópia do histórico de todas as transações que já ocorreram na sistema. Devido a essa natureza descentralizado é matematicamente impossível que alguém falsifique o registro para seu benefício.
Como funciona o Bitcoin?
O funcionamento do Bitcoin baseia-se na ideia de não precisar ser respaldada por uma entidade ou terceiro, mas por um sistema descentralizado e open-source.
O Bitcoin tem vários princípios fundamentais de funcionamento interessantes. Seu limite de emissão por exemplo, em 21 milhões. O número de unidades nunca pode exceder 21 milhões de bitcoins. Portanto, a oferta de dinheiro é limitada, ao contrário das moedas fiduciárias, em que o banco central pode emitir quantos quiser.
Com bitcoins você pode pagar por um bem ou serviço. Você pode comprar bitcoins em casas de câmbio, conhecidas como exchanges ou criar bitcoins usando máquinas projetadas para isso. Mas, na prática, o número de transações é minúsculo em comparação com outros meios de pagamento.
O bitcoin seria o resultado do pagamento pelo consumo teórico da energia necessária no processo de sua criação. Sem ter uma conta de comerciante, você pode ter bitcoins. Os pagamentos geralmente são feitos por meio de aplicativos móveis ou de computador, inserindo o endereço do destinatário (a conta bitcoin), o valor a pagar e pressionando enviar. Uma vez que o botão é pressionado, não há como voltar atrás, a moeda virtual terá mudado de mãos.
Quem criou o Bitcoin?
Quem criou o Bitcoin talvez seja um dos mistérios que a humanidade nunca solucionará. O Bitcoin foi criado por Satoshi Nakamoto em 2009, junto com o software que o suporta. Até hoje permanece um mistério quem está por trás desse nome, uma pessoa ou instituição. Os Bitcoins são criados por meio de um processo conhecido como mineração que extrai novas unidades do Bitcoin por meio da resolução de cálculos. Todo o processo econômico que rege o Bitcoin é regido pelo código. O código é a lei e é apresentado em seu whitepaper.
O conceito de criptomoeda foi descrito pela primeira vez em 1998 por um cientista da computação chamado Wei Dai na lista de e-mail “cypherpunks”, onde ele propôs a ideia de um novo tipo de dinheiro que usaria criptografia para controlar sua criação e transações, em vez do que ser feito por uma autoridade centralizada.
A primeira especificação e prova de conceito do protocolo Bitcoin foi publicada por Satoshi Nakamoto em 2009 em uma lista de e-mail. Satoshi, não se sabe se ele é uma pessoa física ou um grupo de trabalho, ele deixou o projeto no final de 2010 sem revelar sua verdadeira identidade.
O código do Bitcoin é aberto, qualquer cientista da computação pode revisá-lo ou criar sua própria versão modificada. Até a presente data não se tem pistas de quem possa ser Satoshi Nakamoto, ou se trata somente de uma pessoa, ou um grupo.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital lançada em 2008 que tem chamado cada vez mais atenção do mundo todo devido a sua natureza descentralizada, inflacionária e capacidade de funcionar como um ouro digital.
O Bitcoin, com o símbolo ฿ e abreviatura BTC ou XBT, é uma moeda eletrônica gratuita e descentralizada que permite transações diretas sem qualquer intermediário.
Embora o Bitcoin não exista fisicamente, ele tem as mesmas funções de outro dinheiro, mas, ao contrário de uma nota ou moeda corrente, os bitcoins não têm um número de série ou outro tipo de mecanismo para rastrear compradores e vendedores usando essa moeda virtual. Isso o torna atraente para aqueles que desejam ou precisam de privacidade em suas transações.
Ao contrário da maioria das moedas que conhecemos, o bitcoin não é moeda fiduciária. Em outras palavras, não é respaldado pela confiança de um banco central, de um governo ou de um material (por exemplo, o padrão ouro). Em vez disso, eles usam um sistema de prova de trabalho (PoW) para evitar gastos duplos e chegar a um consenso entre todos os nós que operam na rede. Esse consenso é conhecido como blockchain (cadeia de blocos).
Além disso, as transações de bitcoin são de código aberto para sua operação e não precisam de nenhum intermediário para realizar as transações. Portanto, promete ter menores custos de transação.
O resto das moedas (como o dólar, o euro, os pesos ou o iene entre outras) existem fisicamente, mas mesmo assim denominam-se apenas 8% do dinheiro que existe no mundo nessas moedas são dinheiro físico, o resto é dinheiro eletrônico nos balanços dos bancos de acordo com estatísticas do Bank for International Settlement (BIS).
O preço do bitcoin é conhecido por meio de portais de internet especializados no comércio dessa moeda virtual e é formado através da livre oferta-demanda. Há uma cotação em tempo real, em decorrência dos movimentos de demanda e oferta que são registrados pelos membros do sistema.
Dado que, no caso do bitcoin, seu número é limitado no tempo e sua emissão cai de quatro em quatro anos devido ao halving, os especialistas argumentam que seu preço também tenderá a aumentar se o número de usuários continuar a aumentar.
Muitos autores insinuam que o Bitcoin é mais uma bolha, ou um caso de pirâmide, como o economista Nouriel Roubini. Os defensores do Bitcoin defendem que não é uma pirâmide, pois ninguém tem retornos prometidos e não há um único emissor que se beneficie. Mas, como acontece com qualquer investimento, não há garantia de que o valor do bitcoin não mudará e inclusive, o ativo apresenta grande volatilidade, apesar de estar diminuindo com o passar do tempo.
O Bitcoin terá utilidade como moeda se as pessoas estiverem dispostas a aceitá-lo como meio de pagamento. Tem as características do dinheiro (durabilidade, portabilidade, fungibilidade, escassez, divisibilidade e reconhecibilidade), mas baseada em propriedades matemáticas (é cada vez mais escasso), mas não tem o aval de nenhum Estado.
Se o número de pessoas no ecossistema aumentar, seu preço aumentará. Caso contrário, seu preço entraria em colapso, como em qualquer produto financeiro. Contudo, o Bitcoin possui uma característica que o torna antifrágil, onde seu valor tende a se auto ajustar, mesmo após choques de demanda/oferta, como foi o caso do crash de março de 2020.
O valor de mercado do Bitcoin no momento de escrita deste artigo é da ordem de US$ 1 trilhão e sua adesão institucional passa pela primeira onda de adesão. Quando chegar a US$ 10 trilhões, seu peso mundial será relevante para a economia de todo o planeta, como esperam os entusiastas do Bitcoin, como o analista conhecido como PlanB.